domingo, 28 de setembro de 2014

Padre Cícero. Poder, Fé e Guerra no Sertão, de Lira Neto

É de se pensar porque o ensino de História no Brasil não poderia ser tão divertido, emocionante e contundente quanto esse livro escrito pelo cearense Lira Neto sobre a vida de uma das figuras mais emblemáticas, misteriosas, controversas e incríveis da história do nosso pais, o Padre Cícero. Os estudantes, dormindo durante as aulas soporíferas de História brasileira iriam despertar, arregalar os olhos, ficar com o coração na mão se soubessem da metade do que é narrado no livro.
A vida do padre que testemunhou um suposto milagre que mudou a história do sertão sul do Ceará para sempre, chegou a ser excomungado pela igreja, ajudou na invasão da capital do Ceará, combateu a Coluna Prestes, viajou para o Vaticano para falar pessoalmente com o Papa, deu o título de Capitão ao mais temível cangaceiro de todos os tempos, o Lampião e muito mais, dava para fazer uma mini-série televisiva fantástica.
É de dar parabéns em pé o imenso trabalho de pesquisa do autor. Lendo o livro, saltam aos olhos as referências, transcrições de entrevistas e documentos, a análise desapaixonada de Lira Neto sobre Padre Cícero. São os fatos, até onde foi possível extrair, analisados e postos em narrativa, ajudada ou prejudicada pela distância histórica, que confere a essa figura do “Padim" a aura de mito.

Padre Cícero, Poder, Fé e Guerra no Sertão, é uma biografia fascinante e é leitura obrigatória para todos que acham o Brasil não possui uma história interessante. Pelo contrário, é uma história rica, cheia de aventuras, politicagens, roubos, violência, atos heróicos, pra qualquer leitor de Harry Porter ficar boquiaberto. Precisamos redescobrir a história do Brasil!

The Noite: Entrevista com Ron Paul

Apesar do Danilo Gentili não ser a melhor pessoa para entrevistar um político do nível de um Ron Paul, vale a pena você investir alguns minutos nesse video do The Noite e conhecer um pouco dos conceitos básicos do Libertarianismo e começar a pensar como nós, brasileiros, estamos entregando a nossa liberdade para um Estado cada vez mais opressor, não importa a bandeira partidária. Todos defendem a mesma coisa, no fim.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

40 anos de Saturday Night Live. A maior constelação de talentos da história do entretenimento mundial

Prestes a completar 40 anos de existência, o programa de humor que passa todos os sábados, ao vivo, na TV americana é uma incubadora de talentos. Nesse clipe podemos conferir alguns dos muitos (muitos MESMO) talentos incríveis que passaram por esse programa, uma verdadeira escola de humor e um ícone da TV mundial.

John Hegarty, sobre a ascensão da Big Data

John Hegarty, em um painel do Festival de Cannes desse ano:
"Tenho anos nesse mercado e sempre me deparou com grandes descobertas geniais. Agora inventaram o Big Data. Ocorre que dados sempre foram importantes. Dizer que Big Data é a solução pra tudo é bullshit. Se todos forem olhar para os mesmos dados, chegarão às mesmas conclusões."

terça-feira, 23 de setembro de 2014

John Malkovich e seus mil disfarces

Pesquei essa no Design Taxi. Sandro Miller, fotógrafo americano, fez uma série de fotos do ator John Malkovich posando em imitações de figuras históricas. Tentem adivinhar quais são.







Leituras do dia: como a Malboro transformou um cigarro de mulher em um ícone americano

Destesto cigarros. Mas essa história do Dave Trott inspira qualquer publicitário que sonha poder mudar a percepção de um produto da forma como a Malboro conseguiu. Pura publicidade!

http://davetrott.campaignlive.co.uk/2014/09/02/why-real-men-love-cowboys/

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

'Bora ver 25 minutinhos de Warpaint direto da rádio KEXP?


Via Boo Monster Pop.

Leituras do dia: 10 conselhos para empreendedores.

Jayson Demers escreveu um artigo para a Entrepreneur bem bacana em que lista 10 conselhos para todo empreendedor. Destaco um trecho em que ele versa sobre o tempo.
"Time is money. Money, customers, ideas: all resources you can potentially gain more of. Time, however, is the one commodity you’ll always have a finite amount of. One way to ensure you make the most of your time is to assign an hourly dollar amount to your tasks."

Leituras do dia: como a America Online está se tornando uma das maiores produtoras de conteúdo dos EUA.

Lembram da raiva que dava receber aqueles CDs da America Online (AOL)? O provedor de internet pode não ter dado muito certo no Brasil, mas nos EUA ele segue firme e forte, caminhando para ser, segundo esse artigo fantástico de Eric Blattberg, do Digiday, na maior distribuidora de conteúdo do pais. Vejam os previews das atrações (embora eu ache muito calcada nos reality shows). Destaque para o talk show no banco da praça de Steve Buscemi "Park Bench".

Garrafas beseadas nos Simpsons? É vinho ou não é? Quem sabe.

O designer Constantin Bolimond, bolou essas embalagens para uma bebida que ele não diz o que é. Parece vinho, mas pode ser outra coisa. O mais legal é ver a síntese visual, inspirada em Mondrian, dos personagens Homer e Margie Simpson.






Via Lovery Package.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Social Economy Alliance: The Best Ideias from the Left and the Right



Criação: Paul Belford Ltd, para a organização Social Economy Alliance.
Via Creative Review.

Leituras do dia: O contínuo repensar da comunicação

Otávio Dias, da Repense, em um artigo publicado na Meio e Mensagem, lança um desafio as empresas de comunicação para serem mais inovadoras e não deixarem o bonde passar:
"O Easy Taxi poderia ter nascido na Rádio Táxi, a maior cooperativa de táxis do Brasil. O WhatsApp poderia ter nascido na Vodafone, uma das maiores empresas de Telecom do mundo. O Itunes poderia ter nascido dentro da Virgin Records. A Amazon poderia ter nascido dentro da Barnes & Noble, a maior rede de livrarias dos Estados Unidos. O Decolar.com poderia ter nascido dentro da CVC, a maior empresa de turismo da América Latina. O AirB&B poderia ter nascido dentro da RE/MAX, a maior imobiliária do mundo. E por que não nasceram? Fica aqui a reflexão e a provocação para agências e anunciantes."

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Flash Forward: um livro quase sem futuro


Flash Forward.
Muitos devem lembrar de uma série surgida em 2009 que teve somente uma temporada chamada FlashForward. Nela um evento aconteceu em que todos os habitantes do planeta desmaiaram e tiveram suas consciências jogadas para um futuro próximo. A série era bem bacana mas sofreu com as comparações injustas com outra série de mistérios sem fim chamada Lost. FlashForward, a série, é uma livre adaptação de um livro escrito por Robert J. Sawyer de mesmo nome.
O livro, diferente da série, não tem como personagens principais agentes do FBI. Os protagonistas são cientistas que trabalham no CERN (aquele instituto que usa um imenso colisor de partículas para fazer experiências). Os acontecimentos do livro também não tem nenhum paralelo com o programa televisivo. No romance, a consciencia humana não segue por apenas 6 meses no futuro. Vai bem além de 20 anos.
Apesar de ser rico em ideias interessantes, Sawyer não é um artífice competente em escrever um livro que dê satisfação estética para os leitores. É um amontoado de ideias geniais mas sem uma tessitura mais apurada.
Além disso, existe um excesso de didatismo que beira o absurdo. Em uma passagem, um grupo de cientistas, buscando razões para o fenômeno do Flash Forward, usam o paradoxo do Gato de Schrödinger. Até ai tudo bem. Mas é de se estranhar que um físico explique para outro físico uma coisa que o outro já saiba. Tem várias passagens assim. Além do autor colocar seus gostos pessoas de filmes, livros, posições morais a toda hora. Essa leitura se torna cansativa por isso.
Além de tudo, Sawyer carrega demais no desfecho da trama, empilhando situações gratuitas para resolver a história. Faltou mais apuro do autor em entregar um livro melhor. É de se estranhar que um livro desses tenha sido ganhador de um prêmio Nebula. Com certeza existem autores bem melhores.

Nota: 6

Coca Cola: Coke & Meals


O design da garrafa de Coca Cola, criada por Earl Dean  em 1915 e, curiosamente, baseada, a princípio, na forma do cacau, até hoje permanece como ícone da marca, uma perfeita identidade de um produto reconhecida mundialmente. Essa síntese criada pela Mayer/McCann Erickson, da Eslováquia, prima por ter conseguido unir esses conceitos: bebida e comida. Muito bom!
Via Ads of the World.

Harvey Nichols Manchester: Second Floor Restaurant




Uma maneira bem bacana de promover um restaurante de uma loja de departamentos de luxo. Criação da TBWA\Manchester da Inglaterra, para o restaurante do segundo andar da loja Harvey Nichols.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Chef


O que deve ter de crítico de cinema que dever ter usado a expressão "delicioso" para descrever esse filme de Jon Favreau dava pra encher um Maracanã. Mas é a frase feita que vem logo a sua mente nos primeiros minutos desse filme. Favreau tanto dirige como estréia como chefe de cozinha que perde o emprego depois de uma briga com um famoso crítico gastronômico da cidade de Los Angeles. Existe uma mistura de gêneros por aqui. Uma quase comédia,  um quase drama, um road movie. Não que isso tenha gosto ruim, mas são temperos que só melhoram o sabor.
E os ingredientes são os melhores possiveis. Temos Sofía Vergara (cada vez mais bonita), John Leguizamo (sempre ótimo), Scarlett Johansson (aqui só de passagem), Dustin Hoffman (também só de passagem), Robert Downey, Jr.(novamente reprisanndo o papel dele mesmo) e Oliver Platt. Confesso que não faço a mínima idéia de como Favreau conseguiu reunir um elenco tão estelar desses. Segredos do chef, me atrevo a dizer. 
E a comida. Ah, a comida. Ela sim é a grande estrela desse filme.  São tantos pratos, tanta coisa bonita que a outra expressão "água na boca) cabe nesse texto. 
Enfim, vou parar de usar do truque da galáxia semântica por aqui. Se você quer um filme bacana, que te deixe leve e morto de fome, Chef é a escolha da casa.
Nota 8.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Leituras do dia: Black Mirror e o clima de raiva no Facebook das eleições


Gustavo Mini, do ultraesperto blog "Conector" (um dos muitos blogs, ao lado da minha leitura diária Trabalho Sujo, a fazer parte do coletivo O Esquema) faz um paralelo interessante entre a série Black Mirror (se você não assistiu ainda, saia já daqui!) e o clima eleitoral exacerbado nas redes sociais. Vale a leitura e a reflexão. Link.
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