terça-feira, 20 de julho de 2010

VIRGIN MOBILE: The Crazy Life

Vejam como a Mother, dos EUA, bolou esse vídeo para mostrar um plano de ligações e acesso móvel da Virgin America. Reparem como eles ousam beirar o politicamente incorreto para tornar a mensagem mais engraçada e interessante para o consumidor. É varejo que não parece varejo. E posiciona a marca como poucos.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Apple: iPhone 4

Série de comerciais criados pela TBWA\Media Arts Lab para o Iphone 4, da Apple, que explora, finalmente, a videoconferência nos celulares. Esses comerciais apelam para o emotivo, aparentemente não tem graça nenhuma, mas são sinceros e, por isso convencem. Uma característica da propaganda que esquecemos de vez em quando.



PEPSI: Paul (The Obvious Choice)


Mais uma sacada safada que aproveitou o que tava quicando por aí. Bolação da libanesa Impact BBDO.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

KITKAT CHOCOLATE BAR: Vuvuzela

Um sentimento comum a todos nós que não aguentamos mais ouvir esse instrumento de tortura disfarçado de corneta. Criação da filial belga da JWT.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Entrevista: Dorgas! Tô dentro. Cinco perguntas para a banda Dorgas

Dei uma de jornalista e fiz cinco perguntas para o Gabriel Guerra, integrante de uma das bandas nacionais que mais me chamou a atenção nos últimos tempos pré-2012: DORGAS.

1. “Dorgas”. Essa banda vicia? Quando começou o vício?
Haha, eu espero que sim! A idéia começou ano passado quando eu e o Cassius só "brincavamos" sobre ter uma banda, o tempo foi passando e a brincadeira se consolidando. Eu conhecia o Verdeja desde pequeno, o Cassius conhecia o Lucas... nós acabamos por virar melhores amigos e começamos a fazer musica.

2. Uma das influências de vocês, de acordo com o site da Trama, é a trilha do Bomberman Hero. Na página do MySpace, vem um “Regional Mexicana” e um “opressivo e arrogante”. Tirando a zoação (?), dá pra ver que vocês trabalham em cima de muitas influências e misturas. Como é pegar tudo isso e sintetizar no som que vocês fazem?
É estranho você falar isso porque nós nunca paramos para sentar e ficar discutindo quais seriam nossas influências/qual seria o som que iríamos fazer, todo esse negócio de "achar o seu estilo próprio", isso é uma coisa que vem naturalmente e não de forma forçada. Não existe nada pior do que uma banda que limita a sua sonoridade antes mesmo de que idéias aparecerem. Eu espero que isso não soe pedante, mas de Carlos Gardel e seu "sex-symbolismo caliente" até T-Pain e seu auto-tune, nós tratamos como influência tudo o que gostamos e que tenha algo para nos oferecer, tanto musicalmente quanto subjetivamente. O nosso único trabalho é tentar organizar isso para uma banda de 4 moleques limitados tecnicamente, e eu acho que de certa forma, é essa limitação que nos dá uma cara.

(Sim, a influência de Bomberman Hero é VERDADEIRA, digo isso porque eu e o Verdeja quando menores éramos viciados nesse jogo, a musica é impressionante: altos BPMs, batidas non-stop vindas do Drum 'n' Bass, clima lounge e sintetizadores que mais parecem ter saido da coletânea "Artificial Intelligence" da Warp Records...E sabe qual o pior? Esse jogo era destinado para crianças! Até hoje eu nunca vi alguém fazer algo igual.)

3. De onde vem os nomes das músicas do EP de vocês?
Os nomes saem geralmente de "brainstormings" de 15 segundos durante ensaios em que nós precisávamos de algo rápido e fácil de se lembrar para podermos falar antes de tocar cada musica, só que ao invés de nós trocarmos para algo menos non-sense quando estávamos gravando, nós mantivemos...Sei lá, qual o motivo de você ficar dias esperando para achar um nome "maneiro e descolado" para sua música? É só um nome! Alem do que, eu duvido que (em território brasileiro) as palavras "Bruff", "Salisme" e "Ostóquix" existam, então quando alguém citar uma dessas palavras vai estar obviamente se referindo ao Dorgas, haha. Mas isso não é uma regra, amanhã mesmo podemos aparecer com o nome de música mais genérico da humanidade.

4. Muito se tem falado, chorado, reclamando, sobre os downloads. Vários artistas defendem que se gasta dinheiro produzindo música, produzindo o disco, marketing, distribuição etc. Recentemente, o Fred Zero Quatro veio dizendo que sente saudades das gravadoras, da estrutura e da visibilidade que elas davam. E vocês? Artista tem que viver sobre a aba de gravadora ou dá pra sobreviver sem vender disco de plástico? O que importa, no fim, é o conteúdo? O que vocês acham das redes de downloads? O mundo é free mesmo ou isso é frescura do Chris Anderson, da Wired?
É uma faca de dois gumes. Isso pode soar pesado, mas ao mesmo tempo em que a internet democratiza a indústria da música, ela desvaloriza o artista. Só que você não pode jogar na mesma balança um artista famoso e alguém desconhecido, digo, no caso do Dorgas, nós precisamos da internet, nós jamais iríamos conseguir algo se estivéssemos cobrando pela nossa música. Se as gravadoras quiserem permanecer vivas, elas precisam entrar em consenso com o publico que ouve certo artista, e se tocar de que as pessoas que ouvem musica hoje em dia não precisam delas, e que não vai ser qualquer coisa que vai fazer elas pararem de pagar ZERO REAIS por música. A idéia de "download remunerado" da Tramavirtual pra mim é o futuro, se isso for aplicado pra cada banda/artista ao invés de um portal, acho que possa até ser possível viver de música. Olha o caso da banda Calypso, eles são a maior banda independente do Brasil porque eles tem milhões de patrocínios (e porque o suingado da Joelma e o cabelo do Chimbinha são coisas únicas nesse mundo!). Acho que as bandas que já tem alguma relevância precisam pensar nisso, em alguém que os apoie de forma monetária, ao invés de como você falou, "Viver sobre a aba de uma gravadora". Mas pra isso começar a acontecer, muita coisa precisa mudar, até a forma de como as pessoas valorizam música, que meio que se perdeu com a banalização do mp3.

5. Eu tenho a impressão que grande parte dos músicos brasileiros ousa pouco. Se resume a buscar sonoridades confortáveis. Não há experimento, criatividade, um pouco de loucura mesmo. Tem algumas bandas que fazem diferente, graças aos deuses de Kobol. Mas vocês não sentem que falta isso na maioria das bandas daqui? Será falta de cultura musical? Ouvir mais coisas de fora? Sorver influências? Mesmo com a internet, falta ao brasileiro ouvir coisas diferentes?
Não digo falta de experimentação e criatividade, ninguém tem obrigação de criar algo novo, ser um novo Messias, mas sim, o brasileiro ainda se baseia muito em certas coisas para fazer as suas, como eu disse na questão anterior, muitas bandas brasileiras se limitam e se pré-determinam e ficam nessa intensa procura de achar um "estilo" para elas, quero dizer, você pode até tocar numa banda de estilo X, mas não é por causa disso que vocês precisam somente ouvir e aprender com bandas do mesmo estilo X, saca? O rótulo não existe para quem faz música, só existe para dar uma pequena orientação a quem ouve ela, e pra você organizar no seu maldito iTunes! Mas isso não significa que uma banda seja ruim, o que eu mais ouço são canções excelentes vindas das bandas com os fundamentos mais idiotas possíveis. Pra resumir, o que falta as bandas brasileiras não é ouvir mais coisas de fora, é tentar compreender mais outros tipos de música (independente se for mais comercial ou não) ao invés de somente não gostar e ligar o foda-se, e acabar com essa idéia de que uma banda precisa ser perfeitamente definida para ser ouvida.

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