sábado, 29 de agosto de 2015

Leituras: entrevista de Eugênio Mohallem para a Panorama Mercantil "Meu conselho às famosas velhinhas investidoras de Illinois: não comprem ações de agência de propaganda com base em sua premiação em festivais."


Eugênio Mohallem dispensa apresentações. Caso você, amigo publicitário ou leitor que não é do meio, não conheça um dos maiores redatores publicitários brasileiros de todos os tempos, recomendo a visita ao site/portfólio dele para entender a sua importância.
Nesta entrevista ao site Panorama Mercantil, ele conta um pouco a sua trajetória de redator, passando pelos cargos de diretor de Criação e empresário da Comunicação e seu atual cargo, como diretor de Criação da Young&Rubican. Mas o que mais chama a atenção nesse bate papo é a sinceridade com que ele ataca as agências de publicidade que focam demais em prêmios e não em entregar o seu melhor no dia a dia dos seus clientes e de como isso está afetando negativamente o mercado como um todo. Eis um trecho:
"Meu conselho às famosas velhinhas investidoras de Illinois: não comprem ações de agência de propaganda com base em sua premiação em festivais. Grandes performances em Cannes não significam que a agência reproduza, para seus clientes, a mesma ousadia, a mesma criatividade. Algumas porque não saberiam como, outras porque sequer tentam. O modus operandi destas agências é o seguinte: de um lado, subserviência ao cliente. Fazem logo o que ele quer, para veicular e faturar rapidinho. Do outro, posam de criativas, acumulando prêmios via peças fajutas ou “criações” que nada têm a ver com publicidade. Estas agências equacionaram o binômio faturamento/criatividade do jeito mais cômodo possível.
Isso me incomoda, mas não porque tais agências estejam se passando por melhores do que são. Isto é problema delas, de seus clientes, prospects e acionistas. O que preocupa é que esta prática está destruindo a propaganda verdadeira que colocamos no ar, atrofiando nossa capacidade criativa, desnacionalizando nosso discurso publicitário e comprometendo as próximas gerações de profissionais."
 Mais a frente, ele fala da prática de criação de peças exclusivas para festivais e a perda de uma identidade nacional em nome de uma adaptação à um critério de premiação:
"Mas quando se trata de uma peça-fantasma, o único cliente é o ego. Vale qualquer coisa. Não precisa nem ser propaganda, pode ser um par de meias que mede o grau de chulé e publica no Facebook — ninguém confere a plaquinha do troféu. E, principalmente, a ideia-fantasma não nasce como solução criativa a um problema mercadológico."
"Outro efeito deletério da obsessão festivaleira é a desnacionalização da nossa linguagem publicitária: como Cannes premia mais as ideias visuais e universais, perde-se o interesse – e consequentemente a habilidade — para ferramentas muito típicas da nossa publicidade: a oralidade, o diálogo, o título esperto, a crítica de costumes locais, a prosa leve, a despretensão."
Falando por mim, fui convidado uma vez para um debate na Universidade de Fortaleza em que discutimos, entre outras coisas, o mercado local. Engraçado como eu falei desses mesmos problemas de premiações e fui quase linchado pelos meus nobres colegas. O debate pode ser ouvido aqui. (a polêmica começa aos 21:00min)
Bom saber que alguém de peso como o Eugênio, também pensa assim.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

30 minutos no espaço: como viver na Estação Espacial Internacional não tem nada de glamouroso.

Esse mini-documentário mostra a astronauta Sunita Williams fazendo uma tour pela Estação Espacial Internacional. Longe do que mostra filmes como Gravidade ou semelhantes, viver em uma estação espacial como essa é apertado, cheio de restrições e, se você tiver dificuldades em fazer suas necessidades em lugares estranhos, pouco convidativo para a maioria das pessoas. É um video fascinante e revelador.
Dica do Vincente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Jogada de mestre: Marvel faz capas variantes de seus gibis com cosplays de fãs.

Dica do Sylvio Gonçalves, via Facebook. A Marvel Comics vai lançar capas variáveis de seus próximos lançamentos baseadas em cosplays de fãs da editora. Chamada de Marvel Cosplay Covers, a iniciativa celebra todo o carinho que os leitores têm pela editora/produtora de filmes. Segundo Cassie Moser, da IGN, as 20 capas alternativas vão se lançadas em outubro. Bela jogada de aproximação público e empresa, não acham? Já postei há muito tempo atrás um artigo sobre essa paixão que ultrapassa o mero consumo e passa a ser um estilo de vida, algo desejável por qualquer marca que se preze, mas que é comum ao mundo pop.









quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Mimo: Mickey Shorts

Alguém do Facebook (não vou me lembrar quem, me perdoem, disponibilizou essa playlist do You Tube só como desenhos do Mickey Mouse, desses atuais que a Disney Studios está fazendo. Vale muito a pena ver o carisma desse personagem e pensar: por que cargas d'água a Disney ainda não fez longas com esses personagens?

Profissões do futuro: soldados de aluguel.

Não tão assim no futuro porque essas empresas estão atuando agora na negociação de contratos de proteção ou outras coisas mais sinistras de companhias militares particulares. Empresas que vendem seus serviços de guerra a quem pagar mais. O que rola aqui não é patriotismo mas puro lucro. A Vice, como sempre, mete o pé na lama e mostra uma das industrias que mais crescem no mundo.

domingo, 9 de agosto de 2015

Tarcísio Meira e Glória Maria: a telenovela surge como forma de trazer o teatro para o povo.

O Estado de São Paulo há tempos vem mantendo um canal no You Tube em que publica reportagens que se aproximam de um tipo de novo jornalismo que empresas como o Vice estão protagonizando: videos curtos, com informação certeira e edição moderna, bem adequado aos novos tempos em que o tempo é realmente dinheiro.
Nesse vídeo, os veteranos Tarcísio Meira e Glória Maria relembram o início das telenovelas na TV, como era algo experimental ainda, e a tentativa de se fazer uma espécie de teatro popular para as massas. Uma perspectiva histórica que vale a pena ser vista, por mais ideológico que você possa encarar as declarações do casal, ainda mais quando eles afirmam que as novelas foram elemento de integração nacional. Um tema bom para debater.

sábado, 8 de agosto de 2015

SEBRAE: Movimento Compre do Pequeno Negócio.

Não sei se vocês sabiam disso mas os pequenos negócios no país geram mais da metade dos empregos formais, aqueles de carteira assinada, e 30% do PIB do pais e outros números surpreendentes É o conceito da cauda longa aplicado há séculos no pais. O SEBRAE, à semelhança da linda campanha do American Express do "Small Business Saturday, Shopping Small", criou o "Movimento Compre do Pequeno Negócio ", um dia dedicado ao incremento de vendas desses importantes vetores da economia nacional.
Dia 5 de outubro, faça a sua parte. Vá naquela vendinha da esquina e compre alguma coisa. São esses pequenos grandes negócios que mantém a chama do empreendedorismo ardendo nesse pais.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Leituras: como o Uber cria a marca do século XXI?


Marcos Bedendo, em um artigo para a Exame, analisa, sob a ótica do branding, a ascensão e o sucesso da marca Uber no Brasil. No artigo ele analisa também as ações de fidelização dos clientes da plataforma e como os protestos dos taxistas mais ajudaram a difundir o conceito do aplicativo do que barrá-lo. Vale a leitura.
Como o Uber cria a marca do século XXI? | EXAME.com

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Clássicos eternos: "Companheiros" para Postos Ipiranga

Se tem uma campanha que representa construir uma marca é essa criada pela Talent para os Postos Ipiranga. Alguns filmes, de tão clássicos, fazem parte do acervo da boa propaganda brasileira. Puro conceito. Pensem em entregar isso para seus clientes. Essa esquizofrenia desenfreada de mudar tudo a toda hora não constrói nada.
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