quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Caixa Econômica Federal: filme do Machado de Assis. Esse remendo disfarça ou não o preconceito?

Todo mundo está por dentro da polêmica envolvendo a Caixa Econômica Federal e seu filme sobre o Machado de Assis. Isso já foi comentado em post anterior aqui. Atendendo a pedidos, a caixa e a agência responsável, a BorghiErh/Lowe, mudaram o ator que interpretava o escritor, colocando um ator de etnia negra. Até aí tudo bem. O problema, na minha opinião, ficou na escolha do ator Aílton Graça para fazer a abertura do comercial. Ao se colocar um ator negro para abrir um comercial desses, depois de toda polêmica envolvida, só fez realçar que houveram problemas de uma possível atitude racista na campanha toda. Achei a atitude dos responsáveis MAIS preconceituosa que o comercial anterior, tanto de orígem étnica quanto de respeito ao público, porque tenta mostrar, de forma didática e idiota, que "olha, nós (a Caixa) não somos preconceituosos, viu? Olha só como respeitamos todas as etnias! Não nos processem!" Sinceramente, acho uma babaquice esse lance de racismo e defendo a idéia (não só minha, mas da ONU) de que somos TODOS de uma única raça: a humana. Insistir em remendar – a palavra é essa ou, em termos publicitários, virou um Frankenstein – um filme que já começou errado só fez piorar as coisas...

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