Transmedia storytelling

Passeando pela Casa do Galo, deparei-me com esse artigo de Rafael Amaral sobre transmedia storytelling, o que parece ser a nova moda da comunicação. Mas, pensando bem, isso não é tão novo assim não. Os Beatles fizeram isso lançando filmes e desenhos animados como reforço aos discos lançados, criando uma mesma linha narrativa. O MIT tem um setor inteiro que estuda esses movimentos comunicacionais chamado Laboratório de Mídias Comparadas. De Bruxa de Blair, Matrix, até os mega-hits atuais Heroes e Lost, contar uma história por múltiplos meios é a roda da vez. No mesmo artigo, encontramos esse link para esse interessante post de Maurício Mota que expande mais a idéia de convergência de mídias, as marcas cada vez mais investindo em envolvimento, em dar as pessoas um ambiente de histórias, algo mais que deixe suas vidas mais emocionantes. Vale a pena observar esse movimento e, por que não, pensar em como fazer isso por aqui.

O Big Brother está entre nós há tempos

Não confunda, pelo amor dos meus neurônios, com o homônimo programa da Rede Globo. O Big Brother, nesse caso, é aquele do Orwell. A revista americana Reason desse mês, numa forma de denunciar que todos nós estamos a mercê de empresas que tem acesso irrestrito a todas as nossas informações, fez cada edição personalizada com o nome do assinante e, pasmem, sua exata localização no mapa. Na foto, vemos um exemplar do secretário de Justiça americano, John Ashcroft, numa clara alfinetada ao governo presente dos EUA. Mais detalhes no blog do grande Bráulio Tavares. Fica a questão: até que ponto tudo que compramos, vendemos ou mesmo tudo que falamos em milhares de salas de bate-papo, msn, e-mails, googles da vida, não está sendo monitorado? Onde fica a privacidade. Lembro de um livro de ficção científica de Willian Gibson chamado Idoru onde um dos personagens era uma espécie de detector de informações onde enxergava, em meio ao mar de informações sobre tudo de uma determinada pessoa, sua senha pessoal, detalhes de sua vida etc, relações e conexões em meio ao mar informacional, os chamados pontos nodais. Em quanto tempo essas extrapolações todas se tornarão realidade? No caso da revista Reason, não muito tempo.

Gatorade Kids

Alguns mais desatentos podem voar com as referências esportivas colocadas nessas peças criadas pela AlmapBBDO para a Gatorade e sua linha Gatorate Kids, mas o interessante aqui é como ícones do esporte foram usados para criar todo um conceito que caiu muito bem para o produto. Os esportistas representados são Muhammad Ali, Pelé e Michael Jordan em paródias de fotografias famosas de seus feitos.

Dance Off with the Star Wars Stars 2008

Assistam até o fim. Muito bom isto. Valeu Ernani pela dica e ao Blue Bus pela postagem.

Clip: Naive New Beaters "LIVE GOOD"

Vi esse clipe do Naive New Beaters no Update or Die e vou passar para vocês porque achei essa idéia muito massa. Acredito que eles usaram aquela velha técnica do chroma key para gerar esse efeito. Se for isso, essa idéia foi muito bem executada. Confiram ai:

EuroCopa 2008: Channel Quatro

Vejam essas incríveis vinhetas produzidas pela Kotoc Produccions para o Channel Quatro espanhol para a Eurocopa 2008 e que mistura futebol, super-heróis e robôs. Cliquem na imagem para ver.

Red Tape Shoes: Choose Ur Play-ground. Redtape Urbanwear.

Hoje cortei meu dedo no estilete aqui na agencia e por isso não vou digitar muito. Segue essa campanha, criada pela agência indiana Makani Creatives para a Red Tape Shoes. Muito bom conceito e excelente direção de arte. Confiram:

Ilustradores da hora: Evgeny Parfenov

Fiquei chapado com os desenhos desse cabra! Muito bom. Saca só o Locke, da série Lost! Clica aí na imagem do dito para conhecer mais do trabalho dele.

Direto da FWA: The Eco Zoo

Clica na imagem e visite o zoo. Cortesia do site FWA.

Voltaren Pain Relief Gel (What pain?)

Criação inspirada da agência Saatchi&Saatchi holandesa.

Revista Rolling Stone: nós somos feitos de música

Common People: Star Trek animated mashup

Em 2004, o nosso velho conhecido e eterno Capitão Kirk, Willian Shatner lançou seu segundo album solo chamado Has Been. Uma das músicas mais legais foi a da música da banda Pulp chamada Common People onde Shatner faz parceria com Joe Jackson. Segue um mashup dessa música com a série animada de Star Trek. Confiram o resultado:

Um jeito sweded de olhar as coisas

Enquanto as distribuidoras brasileiras ficam enrolando para passar o novo filme do Michel Gondry, Be Kind Rewind (resista, Silvio, resista ao Torrent...), tem gente que pegou o espírito da coisa e já postou várias versões de filmes famosos como Predator, Die Hard, Jurassic Park etc. Eis alguns exemplos:
Predator:

Die Hard:

Back to the Future:

Agora o que leva essa gente toda a perder seu tempo fazendo essas coisas? Falta do que fazer dirão alguns. Mas eu acho que as vezes a gente subestima nossa própria criatividade. Estamos tão imersos na mesmice do dia-a-dia que esquecemos que somos seres criativos e que mesmo coisas aparentemente toscacomo esses vídeos - ei, esses videos são toscos propositadamente, gente! - mostram uma enorme potencialidade inspiracional. Liberem seu lado sweded de vez em quando pessoal.

Haworth: Acupuncture

Mais explicado do que isso eu não sei. Criação da agência Ursa Communications, da Austrália.

TAM Airlines: King Kong

Veja que soluçao diferente para mostrar a linha de filmes exibidos durante os vôos da TAM. Criação da agência Young & Rubicam Brasil.

Alka Seltzer: Kitten

Eu nunca tive ressaca. E depois de ver esse anúncio da agência PROVID, da Ucrânia, não quero uma nunca! Muito bom.

Comercial ao vivo da Honda

Achei incrível essa iniciativa de fazer um comercial ao vivo com paraquedistas formando a palavra HONDA em 3 minutos de queda. Esse evento foi ao ar no dia 29 de maio último e foi transmitido no Channel 4 inglês. Imaginem se algo desse errado, o mico que a Honda iria pagar. Ou se a palavra fosse Volkswagen? Mais detalhes aqui.
Via Three Minds On Digital Marketing.

Honda Live Advert Sky Dive Difficult is worth doing
by unitedgoals

Ainda sobre o tópico anterior: Nizan Guanaes dá o recado

foto: Portal da Propaganda.

Durante o Wave Festival que aconteceu no Rio de Janeiro esse ano, Nizan Guanaes(foto), da Africa, falou durante uma palestra "Imagina se eu recebesse pela campanha 'Mamíferos', da Parmalat, apenas a comissão de mídia? Sou favorável ao fee que pague por uma idéia o que ela de fato valha.E, se for boa, tem que cobrar caro, sim."
Fonte: Meio&Mensagem, edição 1310.

A valorização da idéia, não do formato

Passeando pelo excelente blog da Geo, o Ajeite ai, vi esse texto do Washington Olivetto, no site Casa do Galo que fala de uma coisa que vem me incomodando muito a tempos e está bem em voga hoje em dia, quando se discute cada vez mais o papel das agências de propaganda no mundo e o impacto das novas mídias no comportamento dos consumidores que estão assumindo cada vez mais o papel de protagonistas das ações de comunicação e não apenas meros receptores de mensagens. No seu texto, Olivetto fala da valorização da idéia. Parece até absurdo ele falar disso, visto que a diretriz máxima de uma agência de propaganda deve ser a geração de idéias. Mas tem muita gente que acha que isso não está acontecendo como devia. Talvez seja um reflexo dessa discussão sobre remuneração das agências, sobre o fim das comissões e o ascensão do fee como forma de pagamento. Olivetto pondera que tem pouca gente pensando na velha e combalida IDÉIA, no conteúdo, no conceito, e é nisso que se fixa o texto do mestre.
Eu já havia postado antes um texto sobre isso mas volto a repetir. Acho que é chegada a hora da gente, comunicadores que somos, vendermos e cobrarmos pelas idéias que temos e não pelo formato que usamos. Acho que a propaganda no geral só tende a evoluir. Bem melhor que defender velhos formatos que, há cada dia que passa, só estão servindo como bote salva-vidas para muita gente. Bote esses que possui um furo no fundo e que está começando a se encher d'água.