terça-feira, 26 de junho de 2007

A Idoru que existe em cada um de nós.

William Gibson, autor de Neuromancer, celebrado escritor de ficção científica e um dos fundadores do movimento cyberpunk descreve em seu livro Idoru um futuro onde a relação das pessoas com informações acontecem em lugares, regiões do ciberespaço onde os usuários visitam e podem interagir com outras usando avatares, que são representações virtuais delas mesmas. Essa forma de descrever essa relações com a informação é defendida hoje em dia por alguns estudiosos da informação, cansados da maneira plana, bi-dimensional e ainda muito baseada na comunicação escrita com que nos interagimos. Isso, à luz de algumas revoluções que estão acontecendo nesse momento, nos remete à reflexões interessantes.
Não é de desconhecimento geral o imenso sucesso de games como o Second Life, onde o usuário pode vestir-se de outra personalidade e interagir com avatares em um mundo tridimensional. O sucesso de games do tipo MMORPG como Ragnarok, City of Heroes e semelhantes só alertam que existe sim a vontade das pessoas de interagirem de maneira diferente com o mundo, passando – por que não? – pela internet.
Realidade virtual é a ponta do iceberg desse novo mundo que está sendo construído agora. A verdadeira revolução – e digo isso na mais pura forma de exercício de futurologia – está na troca de experiências. Na possibilidade de troca de memórias, tanto verdadeiras quando fabricadas. E em cada um de nós esconde-se uma idoru que está louca para sair e passear por mundos e mais mundos.

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