Tem jornal que teme as novas formas de distribuição de conteúdo. Outros, já buscam uma forma de união com ele. É o caso do The Guardian. lan Rusbridger, editor do jornal londrino Guardian, e Mark Porter, consultor de design do Guardian's iPad project, falam sobre o projeto da versão para Ipad do jornal.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Jornais e internet: a velha briga
O Grupo Estado, juntamente com diversos orgãos de notícias internacionais, vai apoiar a recente Declaração de Hamburgo, documento assinado pelo Conselho Europeu de Publishers (EPC) e a Associação Mundial de Jornais (WAN) que visa rever como sites agregadores de conteúdo, como o Google e o Yahoo, por exemplo, lidam com a propriedade intelectual gerada pelas empresas de comunicação. Segue o texto:
“A DECLARAÇÃO DE HAMBURGO
Em post publicado há algum tempo, defendo o uso de outras maneiras de tornar o produto jornal - sim, ele é um produto como outro qualquer - de se tornar atrativo para o público. Eu defendo o uso do Design para gerar valor a esse combalido senhor feito de papel.
E ainda bem que eu não sou o único que defende esse ponto.
Primeiro, dando uma boa e crítica olhada nos jornais impressos da minha cidade - e convido a todos a fazerem o mesmo com os respectivos jornais de suas cidades - vejo que houve sim uma grande melhora na apresentação desse produto, mas, em grande medida, ainda estamos longe de puder considerar esses produtos algo mais atrativos ao público.
Basta pegar o exemplo do jornal San Francisco Panorama como exemplo.





De layout bem pensado, um formato menor, mais manuseável para o público, excelente disposição de texto e imagens, tipografia moderna e atraente, renomados jornalistas, articulistas escritores, designers, além de contar com uma bem pensada diagramação e colocação de publicidade - sem ser a poluição visual que vemos as vezes por aqui - o San Francisco Panorama é um exemplo de jornal moderno.
Nesse post publicado há um tempão que eu mencionei atrás, Jacek Utko, em palestra para o TED, expõe seu case do jornal Puls Bizesu. Vejam o video abaixo - se não fizeram isso antes - e observem como essa mudança significou, pelo menos nesse exemplo, um ganho em circulação e renda desse jornal.
Não dá pra remar contra a maré dos meios digitais. O conceito do free ainda vai render muita discussão pelo mundo afora e os meios de comunicação, geralmente - e vejam isso como uma crítica construtiva - são afeitos a inovações assim tão de imediato, ainda não conseguiram equacionar seu modelo antigo de geração de renda às novas demandas de uma geração que quer saber menos de papel e mais de notícia.
Tornar um produto atrativo foi uma estratégia que deu certo antes. Vejam, a título de exemplo, o caso da Havaianas, a onipresente sandália de plástico que, graças a uma inspirada jogada de marketing, mudar a percepção que o público tinha desse produto.
Por que não pensar o mesmo para os jornais?
“A DECLARAÇÃO DE HAMBURGO
- A internet é uma grande oportunidade para o jornalismo profissional - mas apenas se mantiver o equilíbrio econômico-financeiro das empresas jornalísticas nos novos canais de distribuição digitais. Não é o que acontece atualmente.
- Vários agregadores de conteúdo utilizam obras de jornalistas, editores e empresas jornalísticas sem pagar por este uso. No longo prazo, esta prática põe em risco a criação de conteúdos de alta qualidade e o próprio jornalismo independente.
- Por este motivo, precisamos melhorar a proteção da propriedade intelectual na internet. O acesso livre à web não significa necessariamente acesso livre de custos. Discordamos dos que afirmam que a liberdade de informação só será obtida com todos os conteúdos gratuitos.
- O acesso universal aos nossos serviços deverá estar disponível, mas não queremos ser obrigados a ceder a nossa propriedade sem autorização prévia.
- Assim sendo, consideramos necessárias e urgentes medidas para a proteção dos direitos autorais de jornalistas, editores e empresas jornalísticas na internet.
- Não devem existir zonas da internet onde as leis não se aplicam. Os governos e legisladores, em nível nacional e internacional, devem proteger mais eficazmente os conteúdos intelectuais dos autores e produtores. Deve ser proibida a utilização, sem prévia autorização, da propriedade intelectual de terceiros.
- Em última análise, também na rede mundial de internet deve valer o princípio: não há democracia sem jornalismo independente.”
Em post publicado há algum tempo, defendo o uso de outras maneiras de tornar o produto jornal - sim, ele é um produto como outro qualquer - de se tornar atrativo para o público. Eu defendo o uso do Design para gerar valor a esse combalido senhor feito de papel.
E ainda bem que eu não sou o único que defende esse ponto.
Primeiro, dando uma boa e crítica olhada nos jornais impressos da minha cidade - e convido a todos a fazerem o mesmo com os respectivos jornais de suas cidades - vejo que houve sim uma grande melhora na apresentação desse produto, mas, em grande medida, ainda estamos longe de puder considerar esses produtos algo mais atrativos ao público.
Basta pegar o exemplo do jornal San Francisco Panorama como exemplo.





De layout bem pensado, um formato menor, mais manuseável para o público, excelente disposição de texto e imagens, tipografia moderna e atraente, renomados jornalistas, articulistas escritores, designers, além de contar com uma bem pensada diagramação e colocação de publicidade - sem ser a poluição visual que vemos as vezes por aqui - o San Francisco Panorama é um exemplo de jornal moderno.
Nesse post publicado há um tempão que eu mencionei atrás, Jacek Utko, em palestra para o TED, expõe seu case do jornal Puls Bizesu. Vejam o video abaixo - se não fizeram isso antes - e observem como essa mudança significou, pelo menos nesse exemplo, um ganho em circulação e renda desse jornal.
Não dá pra remar contra a maré dos meios digitais. O conceito do free ainda vai render muita discussão pelo mundo afora e os meios de comunicação, geralmente - e vejam isso como uma crítica construtiva - são afeitos a inovações assim tão de imediato, ainda não conseguiram equacionar seu modelo antigo de geração de renda às novas demandas de uma geração que quer saber menos de papel e mais de notícia.
Tornar um produto atrativo foi uma estratégia que deu certo antes. Vejam, a título de exemplo, o caso da Havaianas, a onipresente sandália de plástico que, graças a uma inspirada jogada de marketing, mudar a percepção que o público tinha desse produto.
Por que não pensar o mesmo para os jornais?
terça-feira, 19 de maio de 2009
Pedro Dória: a crise de imprensa virá
Ainda ecoando um dos últimos post que escrevi, Pedro Dória inaugura uma série de videocasts onde tenta destrinchar qual vai ser o futuro do jornal. Nele ele fala da regra dos 30%, proposta por Alan D. Mutter que diz mais ou menos o seguinte: quando a quantidade de lares com banda larga chega aos 30%, os jornais entram em crise. Veja aí o resultado e comentem.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Jornais: o que fazer para torná-los mais atrativos? Design, talvez?
Não existe meio de comunicação mais atingido por críticas do que o jornal. Esse centenário senhor já teve seus dias melhores mas, com a internet, começou-se a questionar sua relevância para os jovens. A maioria simplesmente não os lê, ou prefere ler suas versões na net, por acharem mais cômodo. O que fazer, então? Uma possível resposta, fora a de rever o conteúdo e a forma como ele é produzido, é claro, é investir em design. Nessa palestra de Jacek Utko, vemos o designer falando de seu trabalho e da forma como ele transformou o jornal Puls Biznesu em algo mais atraente, cujo resultado, foi um crescimento na circulação.
Via Faz Caber.
Via Faz Caber.
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
"Globo News Especial: Como os jornais convivem com as novas mídias?" um debate e uma reflexão.
Vendo esse post do Outros Olhos com esse vídeo do canal Globo News, penso até onde eles tem razão e até onde eles estão errados. Concordo com quase tudo que eles disseram, mas sou forçado a crer que esse aparente abraço que os grandes jornais dão as novas tecnologias parecem uma tentativa mal disfarçada de controle desses novos focos de informação. Em sua defesa do meio físico papel, os grandes periódicos defendem - embora não digam - apenas um espaço comercial cada vez mais caro e intrusivo do conteúdo editorial. A suposta idoneidade tão apregoada pelos jornalistas é forçada por uma conivência histórica com o poder reinante, ou empresas que não desejam ver seu nome vinculado a escândalos seja contra ou a favor - é só ver as investidas da Veja contra o governo atual para ver que isso é verdade. Embora os números digam o contrário, as gerações atuais não são afeitas com essa forma de distribuição de notícia e, com o tempo, assim espero, isso se tornará verdade. Um dos debatedores, uma jornalista do grupo Estado, defende a figura do jornalista como grande persona da informação, uma espécie de filtrador de pontos de vista divergentes. Concordo em parte com que ela disse. Mas não posso crer que toda informação transmitida pelos grandes grupos de informação seja 100% confiável. Em sua busca por audiência - que, como bem disse um dos debatedores, vai substituir a já não tão confiável circulação - os jornais tendem a serem como produtos publicitários. A manchete tem que ser mais chamativa, a notícia tem ser explorada ao máximo para que o interesse, e por consequência a vendagem de jornais, fique alta tomando ares de espetáculo. Com pontos de vista diferentes e, assim espero, divergentes - blogs, podcasts, videocasts etc - a informação será melhor assimilada pelas pessoas que decidirão em quem confiar.
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